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ALEXANDRE
Estreia em
2018
“No começo, uma voz: a gravação de um timbre, de uma respiração, como o surgimento de uma alteridade radical. No início, uma língua: um ritmo, um fraseado, uma repetição, um sentido que se esvai. Dessa voz surge uma série de questões relativas à linguagem. O que a dança pode fazer com uma voz: tentar se aproximar do mundo que ela transporta até o limite do sentido, ou redistribuir um movimento no fundo de suas intensidades, de suas fricções para reconstituir seu próprio sistema de sensação e interpretação?
Ao final de um percurso com as questões físicas, linguísticas ou antropológicas suscitadas por esta gravação que evoca um rito de passagem masculino, Pol Pi produziu uma peça – fazendo deste nome, Alexandre, a senha para uma possível transformação. Tal como na sua criação anterior, Ecce (H)omo, a matéria-prima inscreve as coordenadas de um novo território sensível.
Em Alexandre, Pol Pi forma um nó, um entrelaçamento em que vem se enrolar uma reflexão sobre a construção do mesmo e da diferença. Entre seu corpo, sua voz e seus duplos imaginários, emerge um ritual navegando entre o próximo e o distante, a fusão e o corte, o sonho e a realidade, o masculino e o feminino. »
Gilles Amalvi para o CN D
“Ãnéwa, ãhã ta wató dzéwa ãhã ta wanhib a'uwé Alexandre weiwi datói uhã, emariwa õhõ madzéma irówé”.
É assim que começa. Mais do que uma linguagem cujo significado das palavras me escapa inteiramente, um ritmo, uma pulsação, uma urgência também. O que se esconde por trás dessas palavras afiadas e tão bem articuladas?
Um homem que fala, anuncia, parece que é importante. Sua voz é fortemente pontuada por muitas consoantes. Por palavras que insistem também, repetidas inesperadamente. Trata-se do homem mais velho da tribo, eu descobriria mais tarde, falando sobre um rito de passagem destinado exclusivamente a meninos. Em meio às palavras afiadas, apenas uma palavra era compreensível para um brasileiro como eu: “Alexandre”.
Um projeto por e com: Pol Pi
Em colaboração com
Criação sonora e acompanhamento dramatúrgico: Gilles Amalvi
Figurinos e colaboração artística: Rachel Garcia
Criação de luz e espaço: Florian Leduc
Colaboração artística: Pauline L. Boulba
Acompanhamento em práticas somáticas: Violeta Salvatierra
Intérprete durante o processo de criação: Sorour Darabi
Produção: NO DRAMA
Produção executiva: Latitudes Prod. – Lille / Louis Eonnet
Administração: Adèle Devos
Communicação: Louise Marion – Astrid Herbron
Coproduções: Rencontres chorégraphiques internationales de Seine-Saint-Denis, Centre national de la danse (CND), Festival Montpellier Danse 2018, Centre chorégraphique national de Caen en Normandie direction Alban RICHARD dans le cadre de « l’Accueil-Studio », CCNO Centre chorégraphique national d’Orléans dans le cadre de l’accueil studio 2018, La Maison CDCN – Uzès Gard Occitanie, La Place de la Danse – CDCN Toulouse-Occitanie, Le Vivat Armentières, Charleroi danse
Este projeto beneficiou da Aide au projet da DRAC Île-de-France – Ministère de la Culture et de la Communication e do apoio da Arcadi.
Com o apoio do PACT Zollverein, Montévidéo – Créations contemporaines – Atelier de Fabrique Artistique, les Laboratoires d’Aubervilliers, ICI – centre chorégraphique national de Montpellier – Occitanie – Direction Christian Rizzo, e do FONDOC. Com o apoio do Montpellier Danse 2018, residência de criação na Agora – cité internationale de la danse, com o apoio da Fondation BNP Paribas.
Fotos e Teaser: ©Morgad Le Naour